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Outubro Rosa alerta população sobre a importância do autocuidado
Publicado em 11 de outubro de 2024 às 12:11


Oncologista da Kora Saúde comenta sobre prevenção e diagnóstico precoce da doença

O câncer de mama é uma doença silenciosa que, muitas vezes, chega sem ser notada, mas abala a vida, a saúde e a autoestima de milhares de mulheres. Somente no Brasil, mais de 70 mil novos casos são registrados anualmente. O Outubro Rosa, campanha mundial de conscientização, reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce dessa doença que afeta profundamente a população feminina. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a projeção é de 73.610 novos casos até 2025, com uma taxa de 66,54 diagnósticos para cada 100 mil mulheres. Além disso, o câncer de mama causa cerca de 18 mil mortes por ano no país.

O oncologista da Rede Meridional Kora Saúde, Dr. Fernando Zamprogno, ressalta que a mamografia é uma ferramenta essencial para o diagnóstico precoce, capaz de detectar a doença em seus estágios iniciais, quando as chances de cura são significativamente maiores. "Expandir o acesso à mamografia é fundamental para aumentar as taxas de diagnóstico precoce, o que pode salvar vidas", destaca Zamprogno. Ele também explica que o câncer de mama tem múltiplas origens e não se restringe apenas aos casos hereditários: “Apenas cerca de 15% dos casos são genéticos, ou seja, estão relacionados a histórias familiares da doença. Contudo, para a maioria dos pacientes, a doença não está necessariamente associada a fatores hereditários."

O médico ainda aponta alguns fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a doença: “O fato de uma mulher não engravidar, amamentar pouco ou ter poucos filhos pode ser um fator de risco. A mama só amadurece completamente após a gravidez, e se a mulher não engravida, esse processo de maturação não ocorre, o que pode aumentar a suscetibilidade ao câncer. Além disso, as mulheres que ficam expostas aos próprios ciclos hormonais por um longo período, como aquelas que menstruam muito cedo e entram na menopausa tardiamente, podem ter um risco maior."

Mesmo com esses fatores de risco, Zamprogno destaca que muitas questões ainda estão sendo estudadas, e por isso a prevenção continua sendo a melhor estratégia para combater a doença. "Ainda não sabemos exatamente o que causa o câncer de mama, mas o que podemos afirmar é que a detecção precoce faz toda a diferença. Com exames regulares, como a mamografia, é possível identificar o câncer antes mesmo de aparecerem sintomas", ressalta o médico.

Ele também reforça a importância de que o cuidado com a saúde das mamas comece cedo, principalmente em mulheres com histórico familiar da doença. "O acompanhamento deve começar desde o momento em que a mulher inicia a menstruação, e o ideal é que a mamografia seja feita a partir dos 40 anos, quando o exame se torna mais eficaz devido à redução de gordura nas mamas", explica Zamprogno.

Em relação aos sinais e sintomas, o oncologista alerta que a presença de um nódulo na mama, geralmente indolor e com bordas irregulares, é o sinal mais comum. No entanto, fatores como idade avançada, sedentarismo, consumo de álcool, tabagismo e obesidade também aumentam o risco de desenvolver a doença. De acordo com o Ministério da Saúde, a adoção de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios e uma alimentação equilibrada, pode reduzir em até 28% as chances de desenvolver câncer de mama.

Assim, a conscientização sobre a importância da prevenção, aliada ao acesso a exames e tratamentos adequados, é fundamental para diminuir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida das mulheres diagnosticadas com câncer de mama.



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