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Dia Mundial da Menopausa – 18 de outubro
Publicado em 17 de outubro de 2024 às 21:25

Dia Mundial da Menopausa – 18 de outubro



Médicos relatam diversas alterações na saúde das mulheres

Qual mulher não fica atenta quando começa a sentir ondas de calor, suores noturnos, na casa dos 45 anos? Estes são alguns dos sintomas do período de transição da menopausa. A menopausa é o título dado à última menstruação da mulher e significa o fim do período reprodutivo da mesma. De acordo com a endocrinologista Gisele Lorenzoni, é o período em que se esgota o estoque de óvulos da mulher. “A menopausa, decorrente da perda da atividade folicular ovariana sem outra causa patológica ou fisiológica, ocorre tipicamente entre os 45 e os 56 anos”, explica a médica. 

Durante este período de transição da menopausa, aproximadamente 50% a 75% das mulheres apresentam ondas de calor, suores noturnos ou ambos (sintomas vasomotores) e mais de 50% apresentam sintomas geniturinários (Síndrome Geniturinária da Menopausa - GSM). Nessa fase, é muito importante que comece a procurar um profissional para avaliar a necessidade e a viabilidade de reposição hormonal”, diz a endócrino.

De acordo com a médica especialista em Medicina do Sono e presidente da Associação Brasileira de Sono (Regional ES), Jessica Polese, as mulheres têm um sono pior que o dos homens por diversos fatores. “Atendo diversas mulheres, que sofrem com o sono, por vários motivos sociais, como terem tripla jornada (trabalhar fora, cuidar de filhos e da casa), além de atenção ao cônjuge, e ainda biológico, devido ao climatério e menopausa”, destaca.

“Na menopausa, a mulher sofre com alterações que podem afetar o sono, como ondas de calor, suores excessivos, dores no corpo, mudanças de humor e ansiedade, sensibilidade mamária, que podem causar, sim, os distúrbios do sono”, ressalta a médica.

Com a menopausa, a desaceleração do metabolismo e a tendência ao sedentarismo, é comum haver um aumento de peso e o consequente aumento da gordura na região abdominal. De acordo com o Instituto do Sono, o aumento de 1 cm na circunferência abdominal leva ao aumento de risco de 5% do índice de apneia obstrutiva do sono. “Esse ganho de peso é prejudicial para a qualidade do sono”, alerta Jessica.

As mudanças hormonais dessa fase também podem impactar diretamente na saúde e na aparência da pele.‍ A dermatologista Karina Mazzini explica que é comum que a mulher nessa fase sinta um aumento da flacidez, ressecamento e até mesmo o aparecimento de rugas mais acentuadas. "Isso acontece porque a redução dos níveis de estrogênio diminui a produção do colágeno, que é um dos principais responsáveis pela elasticidade e firmeza da nossa pele", relata Karina.

De acordo com a dermatologista, neste momento, além de intensificar o cuidado diário, é importante investir em procedimentos de bioestimulação de colágeno para resgatar a qualidade e beleza da pele. "É sempre bom fazer acompanhamento com o dermatologista, para que ele indique os melhores produtos e tratamentos para a mulher enfrentar bem essa nova fase".

Além dos suores e ondas de calor, há transformações físicas e emocionais que são provocadas pela cessão dos hormônios femininos pelos ovários. De acordo com Gisele, um dos tratamentos eficazes aprovados pela Food And Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos são as preparações orais e transdérmicas de estrogênio com ou sem progestagênio. 

“Antes de indicarmos o tratamento, vamos pesquisar todo o histórico da paciente, para passar uma profilaxia indicada e que não cause efeitos colaterais”, diz. A médica explica que uma outra opção é o tratamento com estradiol e que esse hormônio pode ser menos propenso a causar risco de tromboembolismo venoso em comparação com o estrogênio oral”, afirma.

Já a cirurgiã-dentista Marlei Bonella, diz que muitas mudanças podem ocorrer com  a saúde bucal das mulheres. A gengiva pode ficar avermelhada, a boca seca e o paladar alterado. Além disso, a osteoporose, comum nesse período, pode alterar a densidade óssea no maxilar e levar, se não tratada, a perda de dentes. "A xerostomia - sensação de boca seca causada pela queda do estrogênio - também pode ocorrer. Outro ponto é a gengiva estomatite menopáusica, que faz a gengiva ficar pálida, seca ou muito vermelha, e pode até sangrar", diz. "O cuidado na alimentação é importante e consumir leite, queijo,iogurte, sardinha, salmão, couve, brócolis, espinafre, enriquecidos com cálcio, e procurar um tratamento multidisciplinar, que integre o Periodontista, Ginecologista e Endocrinologista", destaca.



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