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Conheça as orientações necessárias para a pele negra na primavera: estação tem maior incidência de alergias e inflamações
Publicado em 27 de setembro de 2024 às 10:52

Biomédica Jéssica Magalhães, especialista em pele preta, detalha quais rotinas e produtos podem ser adotados no período.


Com a chegada da primavera, a pele exige uma nova rotina de cuidados, especialmente a pele negra, que apresenta maior sensibilidade. O período de transição de estações, das frias para as mais quentes, traz desafios como o ressecamento e a inflamação. 

O estudo publicado no Journal of Mechanical Behavior of Biomedical Materials intitulado "Effect of seasonal change on the biomechanical and physical properties of the human skin" reforça a necessidade de atenção nessas condições, principalmente com as alterações na retenção de água e concentração de melanina, geradas pelo aumento da temperatura.

De acordo com a biomédica esteta Jéssica Magalhães, especialista com mais de uma década de experiência no cuidado da pele negra, a retenção de água é um fator de atenção, podendo levar ao surgimento de problemas cutâneos. “A pele negra tende a perder mais água devido à sua estrutura, o que pode causar ressecamento. Com o aumento da temperatura, é essencial manter a hidratação. Além disso, ela é mais propensa à hiperpigmentação, especialmente após inflamações, como acne ou irritações”.


A primavera, marcada por uma maior incidência de luz solar, também requer cuidado em relação à exposição aos raios UV. Apesar da maior quantidade de melanina, a pele negra ainda está suscetível a queimaduras e outros danos solares. Por isso, Jéssica reforça a importância de medidas preventivas. “Com o aumento da exposição ao sol, é essencial usar produtos que uniformizam o tom da pele e previnem manchas. Recomendo o uso de protetores solares com FPS igual ou superior a 50, além da reaplicação para manter a proteção. Acessórios como chapéus também são recomendados para ajudar a controlar a exposição”.

Outro ponto relevante é o aumento de reações alérgicas devido à maior concentração de substâncias no ar, como o pólen. O contato direto com esses agentes pode causar irritações, e a pele negra, com uma resposta inflamatória mais intensa, pode apresentar áreas descoloridas ou mais escuras nas zonas afetadas. Isso torna essencial o cuidado pós-alérgico.

Para minimizar esses efeitos, Jéssica recomenda o uso de produtos específicos para peles sensíveis, especialmente em áreas mais reativas e delicadas. O reforço com restauradores da barreira cutânea é indicado até que a região esteja totalmente recuperada.

Por fim, ela orienta sobre a rotina ideal de cuidados na primavera para evitar alergias e outras complicações. “A pele negra necessita de mais ativos hidratantes. É importante incorporar produtos voltados para peles secas e extra-secas na rotina, ajudando a manter a saúde da pele. No rosto, os cuidados podem seguir o padrão do inverno, mas com a introdução de produtos com as mesmas propriedades, porém com texturas mais leves”, conclui Jéssica.


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